segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Estereótipos de personalidades - #2 - Os Gostosões!

Continuando a saga do cavaleiro errante que nunca matará dragões já que ele não pode combater o leão do Governo (mas hein?!), volto aqui com mais uma dissertação sobre os estereótipos padrões do mundo dos games. Hoje, brincar-la-lo-emos de falar sobre os tais GOSTOSÕES!

De novo, não vou entrar em muitos detalhes psicológicos, mas sim nos paradigmas (falei difícil hein?!) comumente vistos nessas figuras! Ah claro, além de falar dos problemas delas também!

Vale ressaltar, logo de inicio, que os famosos gostosões são um gênero muito abrangente hoje. Antigamente , era fácil distinguir um deles: Fortões, bonitões, que falavam muito, mas que no final não acrescentavam NADA à trama do jogo ou a qualquer ponto do mesmo. São criaturas que, a principio, fazem cenas legais, emocionantes e cativantes, que tem suas entradas feitas de forma a salientar suas imagens e mostrar que são “os caras”...

Normalmente essas figuras ainda assumem uma posição de serem completamente contrárias a qualquer opinião formada através de uma linha de raciocínio lógica! Não que eles sejam burros ou implicantes, mas, de certa forma, eles se impõem contrários a coisas que geralmente faz sentido e tem direção... Vai entender? Talvez seja pra ser "mais bonito!"

Um exemplo que gosto de citar bastante quando estou dando aulas de desenho, nesse ponto da parte de criação, é o maldito IRVINE de Final Fantasy VIII ou o Steiner, da seqüência, FFIX. Ambos são criaturas absolutamente dispensáveis... O Irvine mais que tudo já que ele não acrescenta EM NADA a trama de FFVIII. Tá, o cara simplesmente resolve soltar uma informação só lá no quarto CD que simplesmente poderia ter poupado MUITA coisa antes... Faça-me o favor! E lembrando que ele nem é lá grandes coisas se pensar no quesito poderes ou adição para o grupo...
Já no Steiner eu dou um desconto por que a Square só apoiou nesse infeliz todas as guinadas que o roteiro TEM que dar. Quando é pra acontecer uma besteira no game, adivinha quem faz? Quando a coisa roda toda ao contrário, adivinha quem fez? Raptaram a princesa Garnet e levou ela até as mãos do Kuja, adivinha só?! Mas tá lá, é um imbecil que se acha importante e que acha que tem potencial pra alguma coisa, mas que se morrer e sumir da trama, não vai fazer falta!

E os quesitos apelativos sempre são os mesmos: piadinhas relacionando o personagem principal a momentos inoportunos, piadinhas relacionando o casal principal a coisas inapropriadas - qualquer coisa que faça do sujeito um "espertalhão" comparado ao líder da turma ou algum personagem de destaque... Sabe um sujeito folgado que não aceita ver alguém em destaque senão ele? Pois é...

O mais engraçado é que essa fórmula, essa criatura, aparece MUITO em games e, como disse anteriormente, é um gênero que já se difundiu muito. Pegando um título atual, Gears Of War, para X360 da Microsoft e produzido pela Epic Games - você tem a presença de um Gostosâo: Baird. Aquele infeliz da Alpha Team já chega querendo causar quando o Phoenix é posto no comando e não ele... Não chega a ser um bonitão, mas entra no ponto de se achar o essencial, ou talvez o pronto forte, elo forte da corrente... Um nada, já que na seqüência fizeram o favor de substituí-lo por outros personagens.

Se bem que depois de um tempo, o infeliz reaparece...

"Gostosões" refletem personagens, sinceramente, humanos. Personagens ciumentos, que possuem incertezas e ansejos os quais, talvez, nunca sejam concretizados - já que outras pessoas possuem maior destaque. São brigões por que precisam afirmar suas presenças como "machos dominantes" e, em casos particulares, são bonitões, apelando para a carência feminina refletida na falta de macho com "atitude"... Mas isso é assunto pra outro tipo de blog! =P